Acadêmicos de Psicologia e Radiologia encenam peça sobre a vida de Maria da Penha
Para encerrar as ações do Agosto Lilás – campanha de combate à violência doméstica contra a mulher – e marcar os 13 anos da Lei Maria da Penha, os alunos dos cursos de Psicologia e Radiologia do Centro Universitário Unigran Capital realizaram, nesta sexta-feira, 30 de agosto, uma apresentação cênica sobre a biografia da Maria da Penha.
A apresentação mostrou os principais momentos da vida de Maria da Penha, vítima dupla tentativa de feminicídio por parte do ex-marido. A sua luta por justiça durou quase 20 anos e fez com que a Lei Nº 11.340, mais conhecida por Lei Maria da Penha, fosse sancionada em agosto de 2006. A Lei Maria da Penha prevê punições mais severas para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar.
A peça emocionou quem estava assistindo e foi coordenada pela professora Drª. Débora Teixeira da Cruz, coordenadora do curso de Radiologia. De acordo com a professora, a Unigran Capital participou das ações da campanha Agosto Lilás, promovida pela subsecretaria de políticas públicas para mulheres do governo do Estado, com palestras nas escolas estaduais. Para também contemplar os acadêmicos com informações e fazer o alerta sobre a violência doméstica, foi realizada a apresentação na Instituição.
“Estamos encerrando o Agosto Lilás, uma data comemorativa da Lei Maria da Penha, que foi sancionada em 2006. Na faculdade, muitas vezes, nós recebemos pessoas que sofrem violência, mas tem medo de denunciar. Para fazer essa comemoração e encerrar com chave de ouro, resolvemos trabalhar a questão da violência doméstica contra a mulher de forma de peça teatral com os alunos da Psicologia e da Radiologia. Os acadêmicos encenaram como foi e o que aconteceu durante o processo de reconhecimento sobre a violência doméstica de Maria da Penha. Dentre todos esses processos, os alunos terão conhecimento de onde, quando e por que denunciar”, explica Débora.
Maria da Penha
Em 1983, a farmacêutica bioquímica Maria da Penha, foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte do ex-marido. Primeiro, ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão, Maria da Penha ficou paraplégica.
O ex-marido declarou à polícia que tudo não havia passado de uma tentativa de assalto, versão que foi posteriormente desmentida. Quatro meses depois, quando Maria da Penha voltou para casa, ele a manteve em cárcere privado durante 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho.
A família e os amigos de Maria da Penha conseguiram dar apoio jurídico a ela e providenciaram a sua saída de casa sem que isso pudesse configurar abandono de lar; assim, não haveria o risco de perder a guarda de suas filhas. A sua trajetória em busca de justiça durante 19 anos e 6 meses faz dela um símbolo de luta por uma vida livre de violência.
Saiba mais no site do Instituto Maria da Penha. Denuncie a violência doméstica. Ligue 180 ou 190.