Professora da Unigran Capital escreve duas publicações internacionais em 2018
Levando o nome da Unigran Capital para o mundo, a professora de Estética e Cosmética da Unigran Capital, Patrícia Soler, publicou sua tese de doutorado, feita em Portugal, em uma revista científica internacional, a Psychological Reports. O estudo tem como tema o Transtorno Dismórfico Corporal, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo.
A professora fez um doutorado PhD em Portugal. Por ser presencial, Patrícia estudava um mês por ano em Portugal, durante o mês de julho quando o trabalho como professora estava mais tranquilo. O mestrado foi feito da mesma forma e, no Brasil, o diploma foi validado na USP.
“Para defender a minha tese eu preciso ter duas publicações internacionais publicadas e esse processo demorou um pouco, porque ao contrário de lá, a pesquisa no Brasil é desvalorizada, então eu ainda tinha que trabalhar bastante enquanto concluía meu doutorado. Eu recebi apoio da Unigran, tanto para quando eu ia fazer essa aula presencial e também com as pesquisas, pois todas foram coletadas aqui na faculdade”, afirmou.
A tese é sobre Transtorno Dismórfico Corporal, um transtorno da aparência. A pesquisa foi feita dentro de academias clinicas de estética e na população em geral para comparação com outras comunidades no mundo.
“Uma das publicações da tese é em um livro. Eu escrevi o capítulo de um livro de uma editora europeia que publica livros em inglês, por ser de acesso internacional e gratuito, ele é muito acessado no mundo todo. Então eu escrevi tudo de acordo com tudo que eu coletei na fundamentação teórica da minha tese e convidei uma psiquiatra daqui de Campo Grande mesmo, a Dra. Cristina Harada para acrescentar a última parte: ‘Fatores de Influência Clínica’, porque eu não sou psiquiatra”, pontuou Patrícia.
Ainda de acordo com ela, o interesse pelo tema veio pela própria área em que atua, a estética. “O Transtorno Dismórfico Corporal é uma patologia onde a pessoa coloca defeitos na própria aparência, de forma que ela começa a enxergar isso de um jeito deformado e deturpado da realidade. A anorexia, por exemplo, é um tipo de transtorno dismórfico corporal. A pessoa imagina um tamanho e peso corporal que está muito maior do que a realidade. As pessoas acham que a pessoa com anorexia é só a pessoa que é muito magra, mas na verdade esta condição é uma doença mental que quando você vê a pessoa do jeito extremo, às vezes não tem mais cura, sendo que tudo começou com um transtorno dismórfico corporal”.
Esta patologia tem sido muito estudada em todo o mundo, pois esse transtorno tem crescido bastante. É um tema muito atual onde o indivíduo recorre todo o tempo a cirurgiões plásticos e tratamentos estéticos para tentar corrigir aquilo que ela enxerga deformado, mas que não é.
“A progressão da doença é muito ruim, pois ela pode avançar para a depressão ou para suicídio. E é uma condição oculta, pois ninguém gosta de falar sobre uma rejeição muito grande de uma parte do seu corpo. Dessa forma, a pessoa mascara e vai escondendo até que progrida para um afastamento social ou até mesmo um afastamento laboral”, comenta.
A professora enfatiza, ainda, a importância de se manter atento e procurar ajuda quando necessário. “A conscientização dos profissionais da área de estética e de educação física é essencial, pois são esses profissionais que geralmente estão mais próximos de pessoas com estas condições propícias para este transtorno”, finaliza.
Confira, na íntegra, os artigos publicados pela professora:
Soler et all, 2018. Book chapter.